Pesquisa e Complexidade Convidados: Professores Doutores Antônio Joaquim Severino* (Uninove/USP) e César Nunes** (Unicamp)

Data: 13 de março, quinta-feira | Horário: 20 às 21h30
LOCAL – sala do Zoom, apenas para os inscritos na atividade.
Investimento – RS 97,50 com 30% de desconto para associados do CEP = R$ 75,00
[informações bancárias ao final]***
Vagas limitadas – 40 participantes
Haverá certificado de participação!
Quem Estará Conosco?

Prof. Dr. Antônio Joaquim Severino*
Professor titular, aposentado, de Filosofia da Educação na Faculdade de Educação da USP, ora atuando como docente colaborador. Licenciou-se em Filosofia na Universidade Católica de Louvain, Bélgica, em 1964. Na PUCSP, apresentou seu doutorado, defendendo tese sobre o personalismo de Emmamuel Mounier, em 1971. Prestou concurso de Livre Docência em Filosofia da Educação, na Universidade de São Paulo, em 2000. Em 2003, prestou concurso de titularidade. Atualmente integra o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Uninove, Universidade Nove de Julho, de São Paulo, onde lidera o Grupo de Pesquisa e Estudo em Filosofia da Educação – GRUPEFE. Dentre suas publicações, destacam-se Metodologia do trabalho científico (Cortez, 1975; 21. ed. 2000); Educação, ideologia e contra-ideologia. (EPU, 1986); Métodos de estudo para o 2o. Grau (Cortez, 1987; 5. ed. 1996); A filosofia no Brasil (ANPOF, 1990); Filosofia (Cortez, 1992; 5. ed. 1999); Filosofia da Educação (FTD, 1995; 2. ed. 1998); A filosofia contemporânea no Brasil: conhecimento, política e educação (Vozes, 1999), Educação, sujeito e história (Olho d´Água, 2002), Filosofia na formação profissional (Cartago, 2017) e vários artigos sobre temas de filosofia da educação. Seus estudos e pesquisas atuais situam-se no âmbito da filosofia e da filosofia da educação, com destaque para as questões relacionadas com a epistemologia da educação e para as temáticas concernentes à educação brasileira e ao pensamento filosófico e sua expressão nas culturas brasileira e latinoamericana.

Prof. Dr. César Nunes**
O professor Dr. César Nunes é doutor em física pela Universidade Técnica de Munique, mestre e bacharel em física pela Universidade de São Paulo, bacharel em violão clássico pela Faculdade de Música Carlos Gomes É pesquisador associado ao IEA da Unicamp no grupo Ética, Diversidade e Democracia na Escola Pública e membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral – GEPEM (Unesp/Unicamp). Membro do Research and Innovation Group do PISA/OCDE e é também diretor executivo da Oort Tecnologia
Seus estudos circundam temas como complexidade, desenvolvimento e avaliação de criatividade, pensamento crítico e resolução de problemas. Foi autor e coordenou o desenvolvimento de mais de 400 objetos de aprendizagem, vários cursos à distância e instrumentos para avaliação. Colaborador de diversas instituições nacionais e internacionais (SRI, OISE/U.Toronto, Fundação Carlos Chagas, Oracle Education Foundation, BID, OEI, Unesco, OCDE).
O CEP EDGAR MORIN ESTÁ INICIANDO UM NOVO FORMATO DE ATIVIDADE FORMATIVA, QUE É A RODA DE DIÁLOGO!
I – O que entendemos por Espaço de Diálogo/Roda de Diálogo;
II- Sobre o funcionamento de um Espaço de Diálogo;
I – Espaço de Diálogo/ Roda de diálogo
Assim, como Morin (2000) nos sugere, entendemos que o diálogo, como princípio epistemológico e metodológico, constitui a forma operativa do Pensamento Complexo e pressupõe a associação complexa de diferentes instâncias necessárias à existência e ao funcionamento de um fenômeno organizado. Ele nos ajuda a associar instâncias divergentes, contraditórias, relacionadas a um determinado fenômeno ou experiência humana.
Além de ser um dos componentes operacionais do Pensamento Complexo, ele é, sobretudo, um princípio transcendental, transformador e transversal de qualquer processo educacional. Desta forma, entendemos que os fenômenos e os processos educativos não podem ser concebidos, compreendidos ou aperfeiçoados sem a presença do diálogo. São as dinâmicas dialógicas que, complexamente entretecidas, sustentam as dinâmicas transformadoras de qualquer ato educativo. Pelo próprio caráter ontológico e antropológico que lhe é intrínseco, o diálogo é sempre transformador e libertador. Para Paulo Freire, a dialogicidade é a essência da educação libertadora.
Ainda segundo Morin (2000), a dialógica ocorre para dar conta da associação do que é aparentemente considerado antagônico e contraditório, a partir da ideia da união dos contrários. Tem como representação a espiral como imagem itinerante de algo que está sempre em processo, de algo inacabado.
Assim, um espaço de Diálogo ou Roda de Diálogo pode ser conceitualizado como um procedimento estratégico mediante o qual diversos atores sociais conversam, dialogam, refletem sobre um tema comum, trocando ideias, experiências e saberes ao redor de temas, problemas, preocupações ou projetos pelos quais estão interessados.
Formalmente, em um Espaço de Diálogo, participam sujeitos implicados e interessados em um intercâmbio de conhecimento ou de experiências. Portanto, um Espaço de Diálogo/Roda de Diálogo constitui um encontro que possibilita diferentes olhares e perspectivas ao redor de um problema ou de uma temática de interesse considerada relevante e tem, geralmente, um caráter consultivo e de construção coletiva de conhecimento.
É, portanto, um procedimento ou uma estratégia muito útil para fazer frente a situações e problemas novos, assim como para integrar comunidades em processos de participação e empoderamento. E como procedimento requer uma visão interdisciplinar ou transdisciplinar da problemática em foco, sendo considerado uma ferramenta de grande valor formativo, tanto no âmbito educativo quanto no âmbito político, para a construção de procedimentos democráticos e o empoderamento social.
Assim, o CEP Edgar Morin, visando a diversificação de suas atividades formativas e de aperfeiçoamento docente permanente, pretende testar esta nova modalidade estratégica para o aprofundamento de alguns temas ou aspectos relevantes do Pensamento Complexo.
II- Sobre o funcionamento de um Espaço de Diálogo;
Levando em conta as limitações de tempo de um Espaço de Diálogo/Roda de Diálogo, temos as seguintes sugestões e ou observações a fazer sobre a dinâmica operacional desses espaços:
- Cada Espaço, ou Roda de Diálogo, será composto por pelo menos dois participantes/especialistas em determinados assuntos ou temáticas de interesse, e um coordenador responsável que tem o importante papel de promover o diálogo e o aprofundamento temático, observando o cumprimento dos tempos previstos.
- Uma vez aberto os trabalhos pelo Coordenador e após explicar detalhadamente os procedimentos necessários, inicia-se o diálogo dando a palavra para cada um dos palestrantes convidados.
- O tempo de intervenção de cada um deve estar muito bem ajustado entre todos e ser respeitado, para que o trabalho seja eficaz. Neste sentido, considerando que uma sessão terá, no máximo, 90 minutos, o tempo de cada participante da Roda não deverá ultrapassar 30 minutos cada, deixando, assim, outros 30 minutos para perguntas e respostas por parte do público assistente.
- As intervenções do Coordenador deverão ser sempre objetivas, estritas e dirigidas a estimular o diálogo entre os membros da Roda e os assistentes.
- Cada participante da Roda poderá oferecer uma breve fala inicial no tempo que lhe for atribuído. Ou então responder de imediato as perguntas iniciais proferidas pelo Coordenador, que deverá exercer a função de entrevistador inicial, formulando uma ou duas perguntas iniciais sobre o tema. E de acordo com as exposições e respostas obtidas, poderá ainda formular outra pergunta, caso seja necessário, visando incentivar o diálogo entre os expositores.
- A missão do Coordenador da Roda é preparar, basicamente, o tema e elaborar perguntas que contribuam ao diálogo dos expositores, tendo como objetivo promover um diálogo problematizador e transdisciplinar, diferenciando-se, assim, das práticas expositivas e acadêmicas de sempre.
- Em relação à participação dos assistentes, recomenda-se que se reserve um tempo mínimo de 20 ou 30 minutos para que qualquer assistente diga o que deseja e haja leveza no diálogo, lembrando ainda que a participação de cada assistente não deveria ultrapassar 2 minutos
- Dependendo do tema e do grau de interesse dos participantes, poderá haver uma ou mais rodas de diálogo/tema, ficando a critério da diretoria do CEP decidir a este respeito.
CERTIFICAÇÃO
Será oferecido certificado de 02 horas atividades aos inscritos, que assim desejarem, após 30 dias da realização da atividade. A solicitação deve ser encaminhada à secretaria do CEP Edgar Morin pelo e-mail [email protected] com os dados do participante.
*** Investimento RS 97,50 com 30% de desconto para associados = R$ 75,00
Chave Pix no CNPJ do CEP Edgar Morin: 12.951.494/0001-79 – Banco Itaú
Ou depósito bancário no mesmo Banco – Agência 1664 Cc – 29166-1
Confirmação de inscrição mediante envio de comprovante bancário para [email protected]
ou whatsapp 61-98124.1822 para Ana Maria Albuquerque