Livros
- TODOS
- 1993_L
- 2000_L
- 2011_L
- 1974_L
- 1998_L
- 1979_L
- 2001_L
- 1994_L
- 1999_L
- 2004_L
EDGAR MORIN: Réveillons-nous !
“Não sabemos o que está acontecendo conosco e é precisamente isso que está acontecendo conosco”, escreve José Ortega y Gasset.
O que acontece conosco? O que está acontecendo com a França? Para o mundo? Nossa imperiosidade vem de uma miopia em relação a tudo que vai além do imediato? uma percepção imprecisa? uma crise de pensamento? sonambulismo generalizado?
Tantas certezas foram varridas!
Como navegar em um oceano de incerteza? Como entender a história que estamos vivendo? Como podemos finalmente admitir que, degradando a ecologia do nosso planeta, estamos degradando nossas vidas e nossas sociedades? Como apreender o mundo que está mudando de crise em crise? Como conceber a incrível aventura de nossa humanidade? É uma corrida à morte ou metamorfose?
Poderia ser os dois?
Vamos acordar!
E.M.
Lições de um Século de Vida
Não se trata de dar lições de vida, mas o livro quer apresentar lições que o autor buscou extrair de sua experiência centenária, na procura de seu próprio caminho: a Via! Publicado em 2021, ano de seu aniversário de 100 anos, “Lições de um século de vida” é um convite ao enfrentamento das incertezas e imprevisibilidades de um mundo que, cada vez mais complexo, nos exige coragem para bem-viver. Morin nos convida à reflexão dos perigos e dos mistérios intrínsecos à aventura humana. E, aponta para a importância de mantermos a esperança e a utopia, diante dos inúmeros desafios que os novos tempos nos impõem.
É Hora de Mudarmos de Via: As Lições do Coronavírus
Um minúsculo vírus surgido de repente numa longínqua cidade da China criou um cataclismo mundial. Paralisou a vida econômica e social em 177 países e engendrou uma catástrofe sanitária cujo saldo mundial é sombrio e alarmante. É verdade que houve muitas pandemias na história, mas a novidade radical do Covid-19 está no fato de ele dar origem a uma megacrise. Nossa fragilidade estava esquecida; nossa precariedade, ocultada. Nunca estivemos tão fechados fisicamente no confinamento e nunca tão abertos para o destino terrestre. O pós-coronavírus é tão preocupante quanto a própria crise. Muitos comungam a certeza de que o mundo de amanhã não será o mesmo de ontem. Este livro de Morin foi escrito com a colaboração de sua esposa, a socióloga Sabah Abouessalam.
Fraternidade: Para Resistir à Crueldade do Mundo
Nada mais oportuno do que falar sobre Fraternidade! Em tempos de surdez endêmica, quando todos falam, mas ninguém escuta, o convite de Edgar Morin talvez abra espaços para reconhecer que hoje “não há uma terra de ninguém nesta terra de todos”, portanto estamos embarcados em uma aventura comum com um destino comum. “Liberdade, igualdade e fraternidade” são termos complementares – o problema está em saber combiná-los. Podemos promulgar leis que assegurem a liberdade ou imponham a igualdade, mas a Fraternidade não pode ser imposta por lei. Ela nasce nos oásis de um novo pensar e de um novo compreender.
Pour Resister A La Regression
Edgar Morin en dialogue avec différentes personnalités. Ces dernières années, nos sociétés ont été bousculées, meurtries, secouées. Et, régulièrement, l’Aube a publié des dialogues d’Edgar Morin avec différentes personnalités – Boris Cyrulnik, Éric Fottorino, Stéphane Hessel, François Hollande, Laurent Greilsamer, Denis Lafay, Nicolas Truong –, pour nous aider à mettre en mots, à comprendre, à voir.
Conhecimento, Ignorância e Mistério
Munido de sua longa experiência como pesquisador e leitor do ser humano, Morin fala sobre a necessidade de transcender as disciplinas cuja segmentação limita a compreensão dos fenômenos vivos e explora, neste livro, os novos territórios do conhecimento, em que uma trindade inseparável é revelada: conhecimento, ignorância, mistério. Aos seus olhos, o mistério de forma alguma desvaloriza o conhecimento que leva a ele. Isso nos torna conscientes dos poderes ocultos que nos controlam e nos possuem, como demônios dentro e fora de nós. Mas, acima de tudo, o mistério estimula e fortalece o sentido poético da existência.
A Aventura De O Método E Para Uma Racionalidade Aberta
A aventura do método sintetiza a trajetória intelectual de Edgar Morin desde sua juventude até sua maturidade intelectual. A imagem simbólica do banian – frondosa figueira originária da Ásia tropical cujos ramos e galhos, ao caírem sobre a terra, transformam-se em novos ramos e troncos – nos remete ao próprio objetivo do método: produzir novas arborescências, distintas e inseparáveis do eixo central do qual saíram. A aventura intelectual de Morin, acompanhada de incertezas, indeterminações e novas elaborações, fazem deste livro, nas palavras do próprio autor, “uma reflexão de vida e de intelectualidade”.
A Via Para O Futuro Da Humanidade
Trata-se de o caminho para a reestruturação de práticas e pensamentos coletivos na sociedade. Em “A Via”, Edgar Morin responde à seguinte pergunta: estamos caminhando para uma cadeia de desastres? Para respondê-la, organizou o livro em quatro análises: a regeneração das relações sociais; as bases da democracia cognitiva, da reforma da educação, da formação de intelectuais; os problemas cotidianos e as reformas morais necessárias. É marcante a melancolia de um investigador que, tendo analisado, durante toda a vida, a caminhada da humanidade em direção a um provável abismo, não estará vivo para assistir ao desastre. É também marcante, em toda a sua obra, uma esperança de onde o autor tira sua força; esperança essa que se nutre da desesperança. Edgar Morin continua enriquecendo sua teoria de uma “antropolítica”.
Meus Filósofos
Este livro apresenta os filósofos que marcaram a vida e a trajetória intelectual de Edgar Morin, na unidade e diversidade de suas interrogações mais profundas. Trata-se de uma reflexão que reconhece a importância da religação dos diversos tipos de pensamentos para a constituição de sua antropologia fundamental complexa. “Meus filósofos” discorre sobre pensadores que nutriram a vida e a obra do autor, tais como: Heráclito, Buda, Jesus, Montaigne, Descartes, Pascal, Sspinoza, Rousseau, Hegel, Marx, Dostoiévski, Proust e outros.
Para Onde Vai O Mundo?
O pensamento tecnoburocrático dos anos sessenta acreditava que, conhecendo o passado e o presente, era possível prever o futuro. Ele acreditava inclusive, em seu otimismo frágil, que o século XXI iria colher os frutos maduros do progresso da humanidade. Mas, na realidade, os prospectivistas construíram um futuro imaginário, a partir de um presente abstrato. Um pseudopresente untado de hormônios lhes substituiu o futuro. Os instrumentos toscos, mutilados, mutiladores que lhes serviam para perceber e conceber o real tornou-os cegos, não somente quanto ao imprevisível, mas ao previsível. E a pergunta permanece: “Para onde vai o mundo?”.
A Cabeça Bem-Feita
“A cabeça bem-feita”, Morin afirma que o conhecimento pertinente é aquele que é capaz de situar qualquer informação em seu contexto e, se possível, no conjunto em que está inscrita: “Uma inteligência incapaz de perceber o contexto e o complexo planetário fica cega, inconsciente e irresponsável”. O autor aponta para os inconvenientes da superespecialização, do confinamento e do despedaçamento do saber provocados pela especialização e pela multidisciplinaridade das ciências e afirma que “a aptidão para contextualizar e integrar é uma qualidade fundamental da mente humana, que precisa ser desenvolvida e não atrofiada”. Aposta numa reforma de pensamento, que seja capaz de nutrir a reforma da Educação e, esta daquela.
Os Sete Saberes Necessários À Educação Do Futuro
Os Sete Saberes indispensáveis, enunciados por Morin, constituem caminhos que se abrem a todos os que pensam e fazem educação e que estão preocupados com o futuro das novas gerações. A presente edição deixa claro que ainda serão necessárias muitas ações para garantir um futuro sustentável e uma educação democrática, na qual as pulsões da regeneração prevaleçam. Este livro, chancelado pela Unesco, e que já percorreu o mundo, indica e explica o que o autor entende como sendo sete saberes necessários à educação do milênio.
Terra-Pátria
Edgar Morin e Anne Brigitte Kern debatem conceitos como comunidade, pátria, universalismo, nação, identidade, ecologia e política. São elementos fundamentais para compreender a complexa rede social contemporânea. Com linguagem fluente, os autores enumeram os erros cometidos na história e propõem correções de rumo subordinados a uma consciência humanística. Trata-se de um livro emblemático que, já nos anos noventa, indicava riscos e rumos que o planeta tomaria.
Cultura De Massas No Século XX
Cultura de Massas no Século XX – O Espírito do Tempo, de Edgar Morin, divide-se em duas partes, reunidas em um único volume nesta 11ª edição. A primeira, reformulada pelo autor e chamada Neurose, abrange os anos 1960-65 e analisa as consequências sociais, psicológicas e espirituais do impacto da Tierce Culture ou da mass culture nos aglomerados sociais, focalizando os mitos que, produzidos industrialmente, condicionam os valores existenciais do público consumidor: os prazeres, a felicidade e o amor, entre outros. A segunda parte, intitulada Necrose trata das perturbações e crises referentes aos anos 1965-75 e, indica que a cultura de massas conduz à revolução cultural e essa à crise da sociedade, considerando seus contextos e problematizações.
As Estrelas- Mito E Sedução No Cinema
De acordo com Morin, as estrelas já não são modelos culturais, guias, ideias, mas simplesmente imagens exaltadas, símbolos de uma vida errante e de uma busca real. James Dean e Marilyn Monroe são estrelas-arquétipos, do período anterior, são também estrelas-matrizes do período atual: James Dean, o primeiro herói da adolescência, e Marilyn Monroe, heroína da nova feminilidade. Ambos são a encarnação da difícil busca do sentido da verdade da vida, da comunicação de uma relação autêntica com outra pessoa, que se estabelece e é difundida no e pelo cinema.
O Cinema Ou O Homem Imaginário
Segundo Edgar Morin, “A arte do cinema e a indústria do filme são apenas as partes que emergem à nossa consciência de um fenômeno que devemos tentar apreender em sua plenitude. Mas a parte submersa, essa evidência obscura, confunde-se com nossa própria substância humana, ela mesma evidente e obscura, como o batimento do nosso coração, as paixões da nossa alma.” Em nossa sociedade considerada racional, uma máquina criada para reproduzir o real foi apropriada pela ficção e pelo mito: assim nasce o cinema. E, é também por meio do cinema que o imaginário que povoa nosso espírito se manifesta proficuamente.
As Duas Globalizações
Edgar Morin tem buscado tecer junto – Complexus – os fios da compreensão dos fenômenos que fazem do ser humano, humano! Em consequência, dialogar com ele significa interpelar um tempo, pensar uma época, inserir-se na reflexão que reflete o mundo, fazer crítica ao aqui e ao agora. É preciso, antes de tudo, problematizar a realidade. O termo globalização para o pensador, tal como o termo crise, expressa duas possibilidades: uma de dominações e outra que incentiva manifestações de cidadania planetária.
O Caminho Da Esperança
Em “O caminho da esperança”, Edgar Morin e Stéphane Hessel criam uma via política de saúde pública e anunciam uma nova perspectiva. Segundo os autores, enquanto os jovens procuram um futuro de sucesso, os políticos continuam a se submeter à tirania econômica. Para enfrentar esta realidade, eles pregam uma luta dos Estados contra o domínio da especulação financeira. O objetivo dessa obra é encorajar os povos a reagir e mostrar que a impotência leva ao fatalismo, à despolitização, à desmundialização. O isolamento e o fechamento levam a um mal ainda maior que o encontrado na atualidade. É, portanto, fundamental ter outro pensamento e outras políticas – econômica, social, trabalhista, da cidade, do campo, agrícola ou, ainda, de consumo – para dirigir-se a uma política de bem-estar. Apesar das tendências claramente apregoadas, não se trata de propor um pacto aos partidos existentes, mas de contribuir para a formação de um poderoso movimento do cidadão, de uma insurreição das consciências que possa engendrar uma política à altura dessas exigências. Um livro rico de esperança.
Reinventar A Educação
O mundo em crise é um cenário de transformações em que estão presentes riscos e oportunidades de mudança. Diálogos constantes entre educação e política, academia e políticos é uma das ações inadiáveis para a metamorfose, capaz de assimilar traços revolucionários e evolutivos preservadores e regeneradores. A degradação é um dos futuros possíveis. Mas é um equívoco concebê-la como antessala da destruição inevitável. Esta é apenas uma perspectiva. A alternativa é a metamorfose, e já encontramos traços distintivos de sua marcha na recuperação dos espaços públicos no chamado à paz e à deliberação na crescente conectividade e crescimento das solidariedades horizontais no descentramento e o funcionamento em rede, que expressam potencialidades da cidadania renovada. Em algum momento de sua trajetória, os fins da educação se alteraram, e o fim supremo que é aprender a viver ficou em segundo plano. A centralidade da vida há de ser retomada pela educação tornando-se ponto de partida, farol e horizonte. Reinventar a educação implica, portanto, reunir em um só propósito as reformas do pensamento, do ensino, da política e da vida. Essa é a proposta dos autores Edgar Morin e Carlos Jesús Delgado Diaz.
Pour Changer De Civilisation
Le seul antidote à la tentation barbare est l’humanisme régénéré que propose Edgar Morin. Le seul antidote aux aveuglements que produit la connaissance ¬ morcelée, compartimentée, réductrice, manichéenne est dans une connaissance et une pensée complexes. Les bienfaits de notre civilisation s’amenuisent. Ses carences s’accroissent. Nous avons besoin à la fois d’une nouvelle civilisation politique et d’une politique de civilisation. L’auteur nous livre diagnostic, pronostic et esquisse les possibilités d’une refondation politique.
Como Viver Em Tempo De Crise?
Onde nasce e cresce o perigo, surge também aquilo que salva. Os tempos de crise são inevitáveis. Marcam o fim de uma era e trazem as transformações necessárias para o início da próxima. Edgar Morin e Patrick Viveret estão de mãos dadas em “Como viver em tempo de crise?” e mostram que todos precisam se unir em uma coletividade planetária para usar a crise de forma positiva e construir uma nova fase, de mais solidariedade e compreensão, para a humanidade. Diante da tensão que o mundo atravessa, é necessário notar que um ciclo está chegando ao fim e, que uma nova ordem se descortina.
Planeta: A Aventura Desconhecida
O reconhecimento do profundo abalo que vem sofrendo a fé no progresso, na ciência e na tecnologia para conduzir o mundo rumo a uma convivência menos violenta e mais solidária motiva o diálogo deste livro entre o cientista político e sociólogo francês Edgar Morin e o filósofo alemão Christoph Wulf. Resultado de um programa radiofônico levado ao ar na França, a obra apresenta a preocupação permanente de relacionar o individual com o universal. Os intelectuais revelam em suas ideias, a necessidade de o homem contemporâneo elevar a sua autocrítica, a sua lucidez e a sua abertura para o outro e para o mundo.
Diálogo Sobre O Conhecimento
Este livro relata o diálogo entre os alunos do liceu Jacques-Decour, em Paris e Edgar Morin. Trata-se de um projeto realizado ao longo de um ano escolar com os estudantes, como meio de promover o contato com a prática intelectual e incitá-los a refletir sobre ela. Esse trabalho foi ainda uma oportunidade de sensibilizar os jovens quanto aos procedimentos da pesquisa fundamental, de suscitar suas curiosidades e, quem sabe, vocações para a pesquisa.
Diálogo Sobre A Natureza Humana
Educar, é «conduzir para fora de si», escreve Boris Cyrulnik, enquanto para Edgar Morin, a cultura está inteiramente na «capacidade de quebrar, de transgredir as fronteiras entre os diferentes domínios do saber». Da filosofia à ciência passando pela ética e pela política, o modo interdisciplinar da investigação, longe de conduzir para um saber desarmônico, é para o neurologista e para o sociólogo a única atitude intelectual que permite uma compreensão dos desafios do mundo contemporâneo. Religar conhecimentos é passo fundamental para a reflexão sobre a natureza humana.
O Método 1: A Natureza Da Natureza
O que é um método? Um caminho já trilhado? Uma bússola magnetizada pela certeza? Um conjunto de receitas disponível nas boas livrarias? A palavra sagrada do guia ditada após seu retorno da grande aventura do conhecimento? Uma versão prosaica da poesia de Dante para os que desejam atravessar as esferas do saber? Nada disso. Edgar Morin, com este Método 1 – a natureza da natureza, faz da palavra “método” um caleidoscópio. A “natureza da natureza” é o primeiro tomo de uma longa empreitada epistemológica. Em seis volumes, Edgar Morin radiografa a “vida da vida”, o “conhecimento do conhecimento”, as “ideias”, a “humanidade da humanidade” e “Ética”. Como num holograma, pode-se dizer que os outros cinco volumes já estão presentes neste primeiro, assim como este se encontra nos outros. Porém, cada parte é autônoma, única, imprescindível, sendo que o todo é muito mais do que a soma das partes.
O Método 2: A Vida Da Vida
Não são poucos os que esperam de um método a certeza ou, em outras palavras, o caminho seguro para descobertas consoladoras. As metodologias científicas tornaram-se receitas com efeito de erudição para pesquisas destinadas a confirmar “verdades caseiras”. Mas o grande desafio do conhecimento continua a ser o outro lado das aparências que tranquilizam, afirma o autor. É nessa linha que se inscreve a obra desestabilizadora de Edgar Morin. Shakespeare, por meio de Hamlet, formulou as questões essenciais: “E nós, pobres joguetes da natureza, precisamos contemplar nosso ser tão horrivelmente agitado com pensamentos além do alcance de nossas almas? Dize-me: para que tudo isto? A que fim obedece? Que deveríamos fazer?”. Morin sustenta a necessidade de instalar a poesia no coração da vida, inclusive da ciência. Esse é o caminho que o autor desvela nesse volume de sua obra mais robusta: O método.
O Método 3: O Conhecimento Do Conhecimento
Um pensador que, antes de escrever um livro sobre o conhecimento, pergunta-se: “quem sou?” não por mera afetação, mas por curiosidade e desconhecimento de si próprio, dos seus mistérios irredutíveis, é cada vez mais raridade. Neste volume Edgar Morin conduz o leitor a perguntar-se: o que é uma conversa? Que vem a ser a inteligência no cotidiano? O conhecimento necessita de consenso e de conflito. Refletir para sonhar, atingir o rigor da pesquisa “científica” para libertar o homem das suas crenças ingênuas no positivismo da própria ciência. Conhecer o pensamento para pensar o conhecimento e colocar a ciência a serviço da humanidade, eis o desafio e o desejo do autor, para quem o método tem mais verdades do que portos seguros.
O Método 4: As Ideias
Pensar o mundo na contramão dos modos de pensamento congelados pelos diversos tipos de poder que o homem inventa ao longo da sua caminhada. Eis a proposta de Edgar Morin em O Método. Este quarto volume de “O método” é um dos mais cristalinos e implacáveis requisitórios contra os males da intolerância intelectual: dogmatismo, racionalismo, maniqueísmo, esnobismo, ideologismo. O autor mostra que a aventura do conhecimento se enriquece na simplicidade (inimiga do simplismo) e na busca perpétua da complexidade, adversária declarada das doutrinas e das verdades que se recusam a comparecer diante do tribunal permanente da evolução. Pensador do complexo, militante da solidariedade, curioso por natureza, transdisciplinar por natureza, Morin ousa enfrentar os cartéis intelectuais, encastelados em suas vaidades e metodologias seguras, para inocular o vírus da dúvida em que a certeza ameaça matar as novas e preciosas descobertas. Sem qualquer concessão ao relativismo ingênuo ou ao imobilismo de qualquer ordem, Edgar Morin propõe-se a relativizar em nome do jogo poderoso e fundamental das ideias em movimento.
O Método 5: A Humanidade Da Humanidade
“O método 5: a humanidade da humanidade – a identidade humana” reflete sobre as contradições do ser humano, aberto e fechado ao exterior, racional e irracional, paradoxal e lógico, humano e inumano, esperançoso e com medo da decadência, sempre novo e eternamente o mesmo. Cada época exige uma obra literária que a condense e um texto de reflexão que a explique e compreenda. Os seis volumes de “O método” sintetizam o final do século XX e o começo do século XXI. Trata-se de um livro feito de encruzilhadas, uma suma bio-antropo-físico-filo-sócio-epistemológica de um período de transição, construído por um pensador com mente de cientista e alma de poeta. Todos os temas anteriores de Edgar Morin aparecem reunidos e aprofundados neste quinto volume, com configuração e arranjo inteiramente novos. Este livro aborda o destino da identidade humana em jogo na crise planetária em curso.
O Método 6: Ética
Este sexto e último volume de “O método” constitui o ponto culminante da grande obra de Edgar Morin, traduzida em inúmeros países. O autor fez da complexidade um problema fundamental a ser abordado e elucidado. Ganhou seguidores e suscitou um movimento pela “reforma do pensamento”. Este sexto tomo parte da crise contemporânea, ocidental da ética para voltar a ela, ao final, depois de uma análise antropológica, histórica do problema. Com o “Ética”, o pensador faz a ponte entre o século XX, do qual foi ator engajado e analista permanente, e o século XXI, em cuja rede planetária continua a disseminar as suas ideias, entre coletor de imaginários, caçador de falsas certezas, cronista encantado com as pequenas coisas, filósofo intemporal, historiador do pensamento, sociólogo do presente, semeador de futuro, epistemólogo e antropólogo. A obra trata, portanto, de uma ética complexa.
Artigos
Morin, Edgar (26 de maio de 2022). Salvação da Ucrânia depende do fim do antagonismo entre Rússia e EUA. Acesso em 01 de junho de 2022, disponível em Folha de São Paulo: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/05/salvacao-da-ucrania-depende-do-fim-do-antagonismo-entre-russia-e-eua.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa
Morin, Edgar (04 de maio de 2022). A escalada da desumanidade. Acesso em 01 de junho de 2022, disponível em INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS: https://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/618260-a-escalada-da-desumanidade-artigo-de-edgar-morin?fbclid=IwAR3o7aHRjtR58umvUcRd0MBMc5jlQEQ1U4imhszcBfUKbe2IO8VZjF4TGjs
Morin, Edgar (29 de abril de 2022). Morin: Caminhos para a renovação das solidariedades. Acesso em 01 de junho de 2022, disponível em OUTRAS MÍDIAS: https://outraspalavras.net/outrasmidias/morin-caminhos-para-a-renovacao-das-solidariedades/
Kiss, J. d. (26 de março de 2022). GRAND ENTRETIEN. Edgar Morin signe “Réveillons-nous !” : “J’aimerais bien vivre encore le temps de voir comment se dessine l’histoire humaine”. Acesso em 14 de Abril de 2022, disponível em France TV Info: https://www.francetvinfo.fr/culture/patrimoine/histoire/guerre-en-ukraine-campagne-presidentielle-crise-climatique-le-regard-d-edgar-morin-sur-l-etat-du-monde_5044906.html?fbclid=IwAR1Cmk2LR3WwS6TVo65vNFIxsPKvAakSDjjU4uIQ-FovUBHSKpD7ej-g8cY
Morin, E. (14 de Março de 2022). À beira do abismo. Fonte: IHU: https://www.ihu.unisinos.br/616867-a-beira-do-abismo-artigo-de-edgar-morin
Morin, E. (08 de Março de 2022). Morin: “Antes de indignar-se, é preciso pensar”. Fonte: OUTRAS PALAVRAS: https://outraspalavras.net/crise-civilizatoria/morin-antes-de-indignar-se-e-preciso-pensar/
Morin, Edgar. Um festival de incerteza. Espiral , Rio de Janeiro, v. 4, p.5-12 , 2020. Disponível em <Um festival de incertezas (iecomplex.com.br)>
Programa Milênio. (05 de março de 2015). Edgar Morin: “É preciso ensinar a compreensão humana”. Fonte: Fronteiras do Pensamento: https://www.fronteiras.com/entrevistas/edgar-morin-compreensao-humana
Terrel, Antoine. (27 março 2020). Coronavirus : pour Edgar Morin, la crise doit permettre “de sortir du néo-libéralisme à tous les niveaux”. Fonte: Europe1.fr: Coronavirus : pour Edgar Morin, la crise doit permettre “de sortir du néo-libéralisme à tous les niveaux” (europe1.fr)
Vídeos
6/08/2021
Auto-biographie historique et intellectuelle du penseur Edgar Morin
Acesse: https://dai.ly/x262hi
Edgar Morin: “Una mente luminosa”
UNESCO MONTEVIDÉU CELEBRA 100 ANOS DE EDGAR MORIN – JULHO/2021
EDGARD DE ASSIS CARVALHO ENTREVISTA EDGAR MORIN – ENCONTRO INTERNACIONAL “PARA UM PENSAMENTO DO SUL” – SESC 2011 – PARTE 1
EDGARD DE ASSIS CARVALHO ENTREVISTA EDGAR MORIN – ENCONTRO INTERNACIONAL “PARA UM PENSAMENTO DO SUL” – SESC 2011 – PARTE 2
EDGARD DE ASSIS CARVALHO ENTREVISTA EDGAR MORIN – ENCONTRO INTERNACIONAL “PARA UM PENSAMENTO DO SUL” – SESC 2011 – PARTE 3
EDGARD DE ASSIS CARVALHO ENTREVISTA EDGAR MORIN – ENCONTRO INTERNACIONAL “PARA UM PENSAMENTO DO SUL” – SESC 2011 – PARTE 4
Congrès mondial pour la pensée complexe – Mot de clôture par Edgar Morin
Congrès mondial pour la pensée complexe – Alain Touraine: Diversité des acteurs…