Pesquisa

Global Youth Climate Pact Pacto Global de Jovens pelo Clima Contexto internacional da Pesquisa

Eventos, Palestras e Congressos

Young People Are Changing Their Socio-Ecological Reality to Face Climate Change:

Contrasting Transformative Youth Commitment with Division and Inertia of Governments

by Alfredo Pena-Vega 1,*, Marianne Cohen 2, Luis Manuel Flores 3, Hervé Le Treut 4, Marcelo Lagos 5, Juan Carlos Castilla 6, Aurora Gaxiola 6 and Pablo Marquet 6

1 Laboratoire d’Anthropologie Politique, EHESS-CNRS UMR 8177, 75006 Paris, France
2 Geography and Planning Department, UR Mediations, Faculty of Letters, Sorbonne Université, 75005 Paris, France
3 Facultad de Educación, Pontificia Universidad Católica de Chile, Santiago 8331150, Chile
4 Institut Pierre-Simon Laplace, Membre de l’Académie des Sciences, 75005 Paris, France
5 Instituto de Geografía, Pontificia Universidad Católica de Chile, Santiago 8331150, Chile
6 Facultad de Ciencias Biologicas and Centro de Cambio Global, Pontificia Universidad Católica de Chile, Santiago 8331150, Chile
* Author to whom correspondence should be addressed.
Academic Editors: Charles Herrick, Jason Vogel and Glen Douglass Anderson
Sustainability 2022, 14(22), 15116; https://doi.org/10.3390/su142215116

Las Voces de los Jovens de America Latina

Las Voces de los Jovens de America Latina

Pensar, Sentir Y actuar de Manera Planetaria

ID de Réunion: 834 3578 2295

Code secret: 889085

Panama, Mexico, Ecuador e Colombia: 9h30

Brasil e Argentina: 11h30

Chile: 10h30

Tierra Patria - 8 de julio - Español

Conversa com Edgar Morin e jovens da pesquisa

Global Youth Climate Pact

Data e Horário:

Dia 8/7 às 13h30

ID Zoom:

81454887005

Senha:

XoaOpx1KqhQK0i2YDkqhDcVjq1J0d7.1

Pacto Mundial por el jóvenes clima

In the framework of the COP21 summit on climate change, where it was necessary to recognize the importance of placing young people from all over the world at the center of the debate and giving voice to their concerns and proposals.

In the context of 20 other participating countries, and under the scientific direction of Alfredo Pena Vega (Center Edgar Morin, EHSS / CNRS, Paris, France), the Global Youth Climate Pact project has been present in schools from different parts of the world, accompanying diverse projects of awareness to adapt to diverse local problems of the climatic change, and has delivered consumptions and realizing exhibitions so much in the COP 21 in Paris, (2015) like in the COP 22 (2016) in Marrakech.

Our approach promotes the need to develop competences in students to understand the different dimensions and challenges for the planet and our community, the evolution of climate change and the need to generate capacities to adapt to these changes, and generate new “answers” that demand develop good educational practices.

What do we do
Global Youth Climate Pact

Goals

  • A sensitization of high school students to the challenges of the effects of climate change, through the intervention of university professors and scientists in the classroom.
  • Deepen discussions with researchers.
  • Una colección de propuestas que nace delos estudiantes y sus debates, gracias a la investigación-acción.
  • A collection of proposals born from the students and their debates, thanks to action research. Share and validate the various proposals of all high school students mobilized nationally and internationally, and the presentation of these proposals to the Climate Change Conferences.

Mudanças climáticas na visão de estudantes do ensino médio, no Brasil

Mudanças climáticas na visão de estudantes do ensino médio

Foi com o espírito de promoção da reflexão e do debate sobre nossas responsabilidades com o futuro e as questões ambientais que aderimos em 2014, por meio do Grupo de Estudos e Pesquisas em Complexidade (GEPEC) ao projeto de pesquisa em rede internacional[1] intitulado “Pacto Global de Jovens pelo Clima”, com apoio da Unesco, concomitantemente desenvolvido em escolas de São Paulo, no Brasil e em mais 29 países.

No Brasil, o recorte dessa pesquisa tem o tema “Mudanças climáticas na visão de estudantes do ensino médio”. O estudo objetivava, em sua primeira fase, sensibilizar e envolver os estudantes em um debate sobre as transformações ambientais, suas responsabilidades, pontos de vistas e propostas de soluções. O material resultante fora encaminhado para a Conferência do Clima em Paris, no final do ano de 2015[2].

O trabalho realizado, por nós no Brasil e nos demais países, teve a base epistemológica assentada no pensamento complexo de Edgar Morin. Do projeto conceitual à metodologia, o Pensamento Complexo norteou nossas ações. É de Morin, a autoria da ideia de reforma do pensamento, que entende que as ações autodestrutivas humanas têm base em uma percepção equivocada e fragmentada da realidade, da qual decorre problemas epistemológicos e consequentemente crises que não conseguimos diagnosticar e superar. A razão para nossas crises precisa ser problematizada, assim como a exclusividade da ciência como método de compreensão da realidade e das crises.

O projeto aconteceu e acontece em uma rede de trocas em que os jovens interagem, trocam e compartilham suas ideias sobre a maioria dos tópicos ligados aos efeitos das mudanças climáticas e que as afetam especificamente. Desde 2014 estamos debatendo com o foco no que está por vir e a urgente necessidade de se encarar as mudanças climáticas, pois é hora de falarmos em governança!

O projeto foi retomado em 2019 e 2020, com temática atualizada e objetivo no aprimoramento do estudo exploratório para a partir de abordagens inter e transdisciplinares do conhecimento, promovermos o diálogo sobre à crise ambiental e os efeitos das alterações climáticas, pois entendemos que a escola pode sensibilizar estudantes do Ensino Médio para a ampliação da visão ecológica da realidade e esses jovens cidadãos se tornem conscientes em suas escolhas e em seus compromissos sociais, éticos e políticos, como também tenham ações responsáveis para o exercício da cidadania planetária.

Os resultados apresentados pela pesquisa até o presente apontaram para três dimensões importantes: o diálogo entre jovens estudantes; o debate e a discussão; a deliberação e tomada de decisão. Diz respeito à condição humana no centro do ecossistema do qual o jovem é agente ativo e criativo na troca de informações e conhecimentos, bem como responsável pelas ações a serem realizadas e por outros estilos de viver mais próximos da dinâmica da natureza e do planeta.

Durante as discussões, os alunos debateram as consequências das mudanças climáticas, relacionamentos intergeracionais, suas preferências em termos de fontes de informações e ações dos estados. Posteriormente eles selecionaram as ações mais relevantes que desejam implementar.

Dentre as questões debatidas destacam:

O aquecimento global tem consequências negativas, como: aumento do nível do mar e inundações que podem causar o desaparecimento de cidades ou países; escassez de água potável e desertificação que causará fome; redução da biodiversidade.

É necessária a colaboração entre gerações, que devem estar abertas ao diálogo e ao trabalho conjunto.

As fontes de informaçãoes devem ser originadas de fontes mais confiaveis, pois existe uma discrepância em relação às informações disponíveis nas redes sociais.

A consciência passa pela educação.

As ações do governo são insuficientes e os estados europeus são os únicos que verdadeiramente estão agindo, e também os políticos em cargos públicos monopolizam o poder e eles se desinteressaram dos problemas ligados ao aquecimento global.

A luta contra as mudanças climáticas é incompatível com o sistema econômico atual.

É necessário agir imediatamente, pois eles serão os mais afetados e é desejável que jovens de todos os países se reúnam para organizar diferentes ações entre as quais se destacam:

Repensar seu estilo de vida;

Consumir menos e reduzir o consumo de carne;

Desenvolver e usar o transporte público;

Reduzir o consumo de água e outros recursos naturais;

Escolher líderes para agir sobre o assunto e influenciar seus pais ao voto nesse sentido;

Educar sobre o tema das mudanças climáticas e ecologia.

Os resultados da investigação evidenciam, ao nível da educação, a existência de instrumentos e condições facilitadores de um pensamento planetário, argumentando que nenhum problema local pode ser formulado independentemente de seu contexto inserido num panorama global. Mostram, também, que é essencial à reflexão dos diversos saberes, referenciadas na noção do pensamento complexo, aquele que está tecido junto.

As ideias reveladas pelos jovens nos traduzem um questionamento ao pensamento único, reforça a urgência do pensamento de Morin, no que tange a tessitura de saberes complementares e não excludentes para a busca de uma solidariedade perdida, retomando nossa forma de ver e entender o mundo, para enfrentar as mudanças e crises ambientais pelas quais a sociedade vem passando, sendo a Educação um dos caminhos possíveis para esse enfrentamento.

Neste sentido, os jovens já apresentavam a necessidade para uma mudança de paradigmas, para percebermos as condições de nos sentirmos pertencentes a esse mundo global. Portanto, requer uma efetiva política de civilização em que valores como solidariedade, esperança no improvável e aspiração à cidadania planetária sejam implementadas, bem como a recusa a um desenvolvimento e progresso sem limites. Para isso, as instituições escolares devem voltar-se em comunidades de aprendizagem com empenho na formação dos sujeitos imbuídos do bem-viver, orientados para integrar e não para destruir.

[1] Disponível em https://www.globalyouthclimatepact.org/index.php último acesso em 02/07/2020.

[2] Ver https://www.globalyouthclimatepact.org/docs/proposals/2016-pact-brasil_Propuestas-Sao-Paulo.pdf último acesso em 14 de agosto de 2020.

Grupo de Estudos e Pesquisas em Complexidade (GEPEC)
Grupo de Estudos e Pesquisas em Complexidade (GEPEC)
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Grupo de Estudos e Pesquisas em Complexidade (GEPEC)
Grupo de Estudos e Pesquisas em Complexidade (GEPEC)
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