Curso EDUCAÇÃO PARA O “PENSAR BEM” 1

DIAS 03, 10, 17, 24 e 31 DE OUTUBRO DE 2024
QUINTAS-FEIRAS, DAS 20H00 ÀS 22H00,

EDUCAÇÃO PARA O “PENSAR BEM” 1

Quem é o professor?

OPPENHEIMER: O FILME

PROF. DR. MARCOS ANTÔNIO LORIERI

Possui graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1968), Mestrado em Educação (Filosofia da Educação) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1982) e Doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996). Foi professor associado na PUCSP de 1974 a 2006 e professor titular no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Nove de Julho. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Fundamentos da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, filosofia, filosofia da educação, ensino de filosofia e educação para o pensar.

Autor de muitos livros, capítulos e artigos.

Seu mais recente livro intitulado: Ensinar filosofia e a filosofar: necessidade urgente – está disponível para download gratuito no site do Núcleo de Estudos de Filosofias e Infâncias – NEFI – UERJ: https://filoeduc.org/nefiedicoes/colecoes.php

Link Currículo Lattes:

https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=DF7B963E1D54CBB2A6010A6910CE09E2

EMENTA

O curso apresenta ideias sobre pensar e pensar bem de Edgar Morin, Frank Smith, John Dewey, Matthew Lipman e Paulo Freire e sua relação com a educação, além de indicar possíveis sugestões de como levá-las em conta no ensino dos diversos conteúdos dos currículos escolares. Propõe, além disso, debater estas ideias, bem como as sugestões relativas à sua utilização na educação, em especial na educação escolar.

OBJETIVOS GERAIS

O curso que o Centro de Estudos e Pesquisas Edgar Morin (CEPEM) promove visa a oferecer especialmente a profissionais da educação escolar subsídios teóricos e práticos para que possam trabalhar os conteúdos das diversas disciplinas escolares visando não só o entendimento desses conteúdos pelos alunos, mas um entendimento pensado de maneira reflexiva e crítica e, ao mesmo tempo, um aprendizado de como pensar que os ajude na produção de entendimentos novos que lhes sirvam como esclarecimentos a respeito do que vivenciam e como possíveis indicadores de como agir frente ao que ocorre nos espaços de suas vivências.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Apresentar e debater ideias sobre pensar e pensar bem de alguns pensadores como Edgar Morin, Frank Smith, John Dewey, Matthew Lipman e Paulo Freire e sua relação com a educação.

  • Apresentar e debater possíveis sugestões de como levar em conta estas ideias na prática de ensino dos diversos conteúdos dos currículos escolares.

  • Apontar relações possíveis entre as ideias destes autores sobre pensar e pensar bem.

JUSTIFICATIVA

Há, hoje, falas frequentes a respeito do fato de muitas pessoas não “pensarem bem” e, por conta disso, de encontrarem dificuldades de entendimentos corretos sobre como encaminhar suas ações da maneira o mais possível segura. Há uma relação forte entre o “pensar bem” e o agir bem, assim como entre emoções e o agir humano.

Pensar, todas as pessoas pensam, inclusive crianças bem pequenas. Mas todas pensam bem? O que é pensar bem? É possível oferecer ajuda às crianças e jovens para que desenvolvam maneiras de pensar bem, especialmente na educação escolar?

Afirma-se, de modo geral, que a educação escolar visa, além de outros resultados, oferecer aos alunos acesso a conhecimentos. Conhecimentos são produzidos, pensando. O que, normalmente ocorre, é o ensino de conhecimentos já pensados por outras pessoas, sem convidar os alunos, primeiro a pensar de maneira reflexiva e crítica sobre eles e, menos ainda a serem pessoas pensantes que consigam produzir por elas mesmas, outros conhecimentos. Isso é necessário porque por mais horas de estudos que sejam oferecidos nas escolas, jamais se conseguirá ensinar tudo o que é possível de ser aprendido. 

Todos nós precisamos aprender a pensar bem (pensar já sabemos). Pais e mães sabem disso quando dizem aos filhos: “Pense bem antes de tomar esta ou aquela decisão”. Ou “Pense bem no que vai fazer, depois, não reclame”. Ou como é dito popularmente: “quando a cabeça não funciona bem, o corpo padece”.

METODOLOGIA

O curso está organizado em duas partes (1 e 2) com 5 módulos de encontros semanais online, em cada parte, com aulas síncronas, por meio da plataforma zoom, com apoio de slides, levantando-se questões e estimulando o debate por parte dos participantes. As aulas serão seguidas de discussões e comentários, após as apresentações.

Os alunos podem cursar só uma ou as duas partes, que são independentes, ainda que complementares, já que ambas se propõem a estudar autores diferentes, mas que dialogam entre si, com a complexidade da vida, com a reflexão filosófica e com a Educação contemporânea.

Os módulos de cada uma das duas partes, serão complementados por leituras indicadas e deverão ter uma estrutura flexível e adaptada às demandas e necessidades dos participantes, no sentido de garantir aspectos conceituais, recursos comunicacionais e estratégias didáticas. Por meio da criação de situações que facilitem a interação e a expressão das próprias inquietações, necessidades e expectativas dos participantes serão geradas dinâmicas de discussão, de aplicação, de criação e comunicação de experiências. 

CONCEPÇÃO DO PROGRAMA

Os conteúdos, as atividades e reflexões do presente curso estão agrupados em parte 1 e parte 2 com 05 (cinco) módulos, de 02 h/a cada um, descritos a seguir, perfazendo um total de 20 h (parte 1 ou 2) e 40 h (as duas partes), incluídas as leituras sugeridas.

 

PARTE 1 – Curso 1

Módulo 1. Entendimentos de alguns autores sobre pensar e pensar bem.

Módulo 2. Ideias de Edgar Morin sobre pensar bem/pensar certo e necessidade de uma reforma da maneira de pensar.

Módulo 3. Indicações práticas a partir das ideias de Edgar Morin.

Módulo 4. Ideias de Matthew Lipman sobre pensar bem e sua proposta de uma Educação para o Pensar Bem.

Módulo 5.  Indicações práticas a partir das ideias de Matthew Lipman.

 

PARTE 2 – Curso 2

Módulo 1.  Ideias de Paulo Freire sobre “pensar certo” e sua proposta de desenvolvimento do pensamento crítico através de uma educação dialógica.

Módulo 2.  Indicações práticas a partir das ideias de Paulo Freire.

Módulo 3. Ideias de John Dewey sobre a necessidade do pensar bem/pensamento indagativo e sobre o papel da educação escolar no seu desenvolvimento.

Módulo 4. Indicações práticas a partir das ideias de John Dewey.

Módulo 5. A que conclusões podemos chegar, servindo-nos das contribuições das ideias trabalhadas nos encontros? Podemos ter escolas que sejam “casas do bem pensar”? A quem cabe “construir” estas casas?  

FORMATO

O curso será totalmente virtual, com cinco aulas síncronas, em cada uma das duas partes. As aulas terão em média 02h cada e ocorrerão às quintas-feiras, das 20 às 22h, nos meses de outubro e novembro de 2024 e as gravações ficarão disponíveis aos cursistas até fim de novembro, para quem não conseguiu participar no momento da ‘live’ e/ou desejar proceder às consultas necessárias.

COMENTÁRIO REFLEXIVO-CRÍTICO

Após participar das aulas e estudar os textos indicados, o (a) cursista deverá realizar um comentário reflexivo-crítico, de até 2.000 (dois mil) caracteres com espaços, fazendo conexões entre os temas tratados nas aulas e a sua experiência profissional, seja ela docente ou não, até 30 dias após o término do curso.

CERTIFICAÇÃO

Os certificados serão disponibilizados a partir de 30 dias, do término do curso. Para receber o certificado de 20 ou 40 horas, o (a) cursista deverá enviar o seu comentário reflexivo-crítico à secretaria do CEP Edgar Morin.

REFERÊNCIA BÁSICA

Apostila com textos autorais do Professor a ser disponibilizada pelo CEP Edgar Morin para estudo exclusivo dos participantes.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Maria da C. de; CARVALHO, E Edgard de A. (Org.). Edgar Morin. Educação e complexidade: Os sete saberes e outros ensaios. Trad. Edgar de Assis Carvalho. São Paulo: Cortez, 2002b.

DEWEY, John. Democracia e Educação. 3. Ed. São Paulo: Nacional, 1959.

_________. Como pensamos: como se relaciona o pensamento reflexivo com o processo educativo: uma reexposição. 4ª ed. Trad. Haydée C. Campos. São Paulo: Nacional, 1979.

FREIRE, Paulo.  Educação como prática da liberdade. 5 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.

__________ e FAUNDEZ, A. Por uma pedagogia da pergunta. São Paulo. Paz e Terra, 1985.

____________. Pedagogia do oprimido. 17ª. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

____________. Extensão ou comunicação? 10ª ed. São Paulo. Paz e Terra, 1992.

____________ . Pedagogia da Autonomia. São Paulo. Paz e Terra, 1992.

KANT, Immanuel. Lógica. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1992.

LORIERI, M. A. Filosofia: fundamentos e métodos. Filosofia no Ensino Fundamental. São Paulo. Cortez, 2002.  (Coleção: Docência em Formação).

_____________ Educação para o pensar. In ALONSO, Eder.  e Ramos, Paula. Educando para o pensar. São Paulo. Thompson, 2002.

LIPMAN, Matthew. A Filosofia vai à escola. São Paulo: Summus, 1990.

_________________ O Pensar na Educação. Petrópolis. Vozes, 1995.

_________________ Natasha: diálogos vigotskianos. Porto Alegre. Artes Médicas, 1998.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Trad.: Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaia. São Paulo: Cortez, 2000.

__________ A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Trad.: Eloá Jacobina. 7a ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

__________ O método 3: O conhecimento do conhecimento. 2ª. Ed. trad. de Juremir Machado da Silva. Porto Alegre: Sulina, 1999.

__________ O método 6: Ética. Trad. Juremir M. da Silva. Porto Alegre: Sulina, 2005.

SHARP, A., LIPMAN, M. e OSKANIAN, F. A Filosofia na sala de aula. São Paulo. Nova Alexandria, 1994.

SMITH, F. Pensar. Epigênese e desenvolvimento. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.

THISMAN, E. et al. A cultura do pensamento na escola. Porto Alegre. Artes Médicas, 1999.      

CONDIÇÃO PARA FORMAÇÃO DE TURMA

O CURSO SERÁ OFERECIDO COM O MÍNIMO DE 10 ALUNOS INSCRITOS.