A estas alturas do século XXI ninguém pode negar que estamos diante de uma mega crise civilizacional e planetária que é, ao mesmo tempo, econômica e ecológica, nacional e internacional, social e cultural, política e institucional, além de cultural, educacional e pessoal. Uma crise que é externa e interna.
Externa enquanto afeta as condições materiais de nossa existência e a vida no Planeta, e interna, porque está intimamente relacionada com a nossa natureza humana e a nossa forma de construir conhecimento e sentido de vida. É em este ponto, onde surge novamente o papel indispensável que a educação deve desempenhar como facilitadora e promotora do desenvolvimento da consciência, da vontade, da compreensão e do compromisso, como dimensões estratégicas de aprendizagem e o ensino da condição humana.
“… A educação é um ato de amor, portanto um ato de coragem. Ele não pode temer o debate, a análise da realidade; não pode fugir da discussão criativa, sob pena de ser uma farsa…” (Paulo Freire. 1976)
“… O ser humano é ao mesmo tempo físico, biológico, psíquico, cultural, social, histórico. É essa complexa unidade da natureza humana que está completamente desintegrada na educação através de disciplinas e torna impossível aprender o que significa ser humano. A condição humana deve ser o objeto essencial de qualquer educação…” (Edgar Morin. 1999)