Consciência sem ciência e ciência sem consciência são radicalmente mutiladas e mutilantes.

Segundo Edgar Morin, há três séculos o conhecimento científico não faz mais do que provar suas virtudes de verificação e de descoberta em relação a todos os outros modos de conhecimento. Em Ciência com consciência, Morin alerta, então, para a necessidade de uma nova consciência para a ciência e pergunta: “A aventura científica nos conduz à catástrofe ou a um mundo melhor?”

Para Edgar Morin, a ciência criou meios extremamente poderosos de transformação, manipulação e destruição, como as armas atômicas e as experiências genéticas, que ameaçam o meio ambiente. A ciência, com sua realidade multidimensional, pode reproduzir efeitos profundamente ambivalentes. O pensamento científico é ainda incapaz de se pensar, de pensar sua própria ambivalência e sua própria aventura.