Encontramo-nos hoje no dealbar de um novo século, que, no caso concreto, é também o dealbar de um novo milénio. Um tempo privilegiado sem dúvida para fazer um balanço da história, sobretudo recente, da humanidade, e para perspectivar o seu futuro.
Para tanto, é indispensável que se torne inventariar os problemas com que a humanidade se debate. E, ao falar deles, imediatamente nos ocorrem as palavras óbvias com que costumam ser indicadas: a fome, o nuclear, o subdesenvolvimento, o ecológico, o racismo, o totalitarismo, o colonialismo mais ou menos disfarçado, a opressão…
Mas serão estes são os reais problemas do nosso tempo? Para o descobrir, temos talvez que transporte o fenomenológico para nos situarmos no campo da ontologia, da gnoseologia onde encontramos, aqui, explicação dos problemas a que aludimos. E encontrar-nos-emos a falar da verdade e do erro, da dúvida e da certeza, da ciência e da fé, do ético e do moral.