Desde há vinte e cinco anos, as nossas culturas e o nosso entendimento foram progressivamente impregnados da obrigação social, política e cívica de tornar inteligível a complexidade. A principal finalidade desta obra é a de testemunhar a tomada de consciência desta impregnação, que se realiza perante nós neste início do século XXI.
Trata-se de uma Nova reforma da forma de compreender, desta incessante meditação que impõe não considerar como única fonte do espírito a razão suficiente de Leibniz e de reconhecer o papel desempenhado, segundo Locke, pela compreensão humana, que ele procura descrever trabalhando para bem pensar.
Aprofundando esta Inteligência da complexidade, os autores privilegiam o exercício duma racionalidade crítica e teleológica, pela qual um meio para atingir um fim transforma este fim e, fazendo-o, sugere logo, de forma irreversível, qualquer novo meio.
É o desenvolvimento de uma ecologia da ação humana, que tenderá para a consciência do facto de que qualquer ato comprometedor criará sempre efeitos não antecipados